quinta-feira, 22 de maio de 2014
AFINANDO HARPA
LUIZ MARTINS DA SILVA
Não que me seja a sina
De ater-me neste presságio,
De erguer por sobre os ombros
A terra de todos os seus donos.
Muito menos rolar pedra,
Do rés à mais alta leira,
Mas, bem que espera lanço,
De sossego para a alma.
Talvez, mais por insistência,
Não vivo só deste mundo,
Mais do pouco que é muito.
Mais amor que bem-me-queira,
Nem tudo que é todo é sempre,
Mais súplica, que melodia.
domingo, 4 de maio de 2014
UMAS COISAS
Luiz Martins da Silva
Sonho, consumo de cosmo,
Plasmar a vida em momento
Mesmo sem congelar instante,
Sabe do alivio a existência.
Adestrar objetos, autismo,
Equilíbrio de astros no centro.
Sistematizar sistemas solares,
Como quem aprende origami.
Esquecer que o ego tem sombra,
Gravar do silêncio uma estela.
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