quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

SENSO SEM CONSENSO





Luiz Martins da Silva

Sentir sabor é saber,
Quando é dor, quando é prazer.
Por vezes, não se sabe,
Ou não se quer ver,
De onde vem o sabor
Pode desabar o sabre.

Mesmo quando se sabe
Valer o remédio amargo,
Não se quer o bem-me-quer,
Votamos no mal-me-quer
Na ilusão da senciência
De que somos sabedores.

Saber, sentir e dizer,
Quantas vezes é mentir
Sobre o que se sabe iludir:
Pólens de ervas daninhas,
Mel de fel de um certo travo,
Que se sabe ser mal favo.

Translate

Total de visualizações de página