domingo, 4 de outubro de 2015

ESCOLA DE FLORES


LUIZ MARTINS DA SILVA



Nada contra, mas vivo

Numa cidade de escalas

E flores civilizadas.

Envergonha-me não sabê-las

E conversar com temores

De serem bravas ou travos

Sem apelidos populares.




Intimidades, sim,

Mas, conivências botânicas,

Currículo de paisagistas.

Mesmo assim, me apresento

Reverencio seus santos

De nomes ocultos e cantos,

Tantos sãos os seus hóspedes.




Oração da árvore desconhecida.

Outro dia, vi numa fachada:

“Igreja do Caminho das Árvores”.

Para quem sobrevive no asfalto!

Sombra e algum sobressalto

Face a fragrâncias e roupagens.




Em se plantando tudo deu.

Desde quem da Índia veio,

China, Malásia, Molucas,

Cravo, canela, espatódea…

Terra de todos os verdes:
Brasil, vegetal Brasília.

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