Luiz
Martins da Silva
Nenhum vândalo irá depredar
O halo de sândalo de tua
silhueta.
Nenhum pichador irá
macular
Os vaga-lumes de tuas
lembranças.
Nenhum incendiário
coquetel
Irá molestar a tua aura de
Shiva,
Pousada no breve remanso
da noite,
Sob a lua prateada do
tuaregue.
Estou velho. Meus cabelos,
ralos.
A um amigo desiludido,
minha teima:
Outra vez as pétalas dos
ipês brancos
Não vieram desbotadas.
Hoje, posso dizer, estou
ciente
Disto que ora insiste pelo
nome.
Dor quem sente não é o
corpo
É só a alma galgando
degraus.
Logo, logo, esta lua impermanente
Irá de novo se vestir de
nevoeiros.
Mal chegamos à fase do
namoro
E a vida já me pediu em
casamento.
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quinta-feira, 30 de julho de 2015
DUNAS INTANGÍVEIS
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