sábado, 30 de julho de 2016

BRASILEIROS OLÍMPICOS



LUIZ MARTINS DA SILVA


Desde um Brasil, remoto ainda tupi,
Já éramos campeões, aqui.
Bravos, guerreiros, de sempre,
Batalhas sem medalhas.

Tudo que se fez foi resistência,
Desde uma prévia existência
Aos que já vieram brasileiros
E, outros, brasilienses.

Contra a fome, contra a febre,
Contra a fera, contra os nomes
Impostos, mas não depostos.
Há os que já chegam impondo.

O Brasil,  para inglês ver.
Agora, dever para os australianos.
Acabamos por descobrir:
O autrolopitecus é daqui.

Num solo tão rico de rios
Não riam do Rio, que é de  tanto riso.
De janeiro a dezembro, quanta alegria,
Dançando e se virando, nas tintas.

Hoje esta música, vai para Dona Olímpia,
Que acorda as quatro e trinta
Prepara marmitas e destino.
À noite, volta aos pequeninos.

Recordistas somos aos milhões,
Sob o calor do batente, medalha de cobre.
Quase 300 nações, aldeias sem porte de vila.
Outrora, foi Vila Rica. Por ora, modesta, mais Olímpica.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

KALACHNIKOV




Luiz Martins da Silva

Toda fé, feérica e violenta

Perde o sentido que a sustém


O que se fina na segurança


De quem com fé, não se falha.


Morte, nem para as humildes folhas


Até os micros seres têm alma;


De alçar voo, por conta própria.


Sem que ninguém os acelere, 


A caminhão, ou a Kalachnikov.


domingo, 10 de julho de 2016

UM VELHO BARCO



LUIZ MARTINS DA SILVA


Um velho barco

Longe da areia


Triste lirismo de imagem


Outrora motor, correia


Hoje lagartixas e ferrugem


Por insistência ainda o rabisco


Aguada, pincéis; ouço gritos:


Firme na rede Quanto peixe!


O mundo é memória, tinta e letras.



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