LUIZ MARTINS DA SILVA
Uma sinfônica pode
E tem autoridade para
Extenuar as pálpebras do mundo.
Mas, com a ternura dos suaves rios,
Esboça os sorrisos de quem sabe
Mover com doçura as notas por serem anotadas.
Olha para um trigal,
Vê como ele se arruma,
Desfiando, um a um, os acordos com a brisa.
Como, afinal, afinar o tom dos salmos?
Mãos quase apalpam metais e acariciam pendões:
Reverências para com o Senhor das safras.
Anda, acorda!
Os cães, as aves, os felinos…
Já estão atentos a um recital de murmúrios.
As águas mansas tangem aluviões com os violinos,
Avisam que a canção se tornou hino,
É tempo de acelerar os corações.
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