domingo, 21 de fevereiro de 2016

NOS EMBALOS DO VENTO





LUIZ MARTINS DA SILVA


Agora, que embalam ventos,
Ingressos também no deleite.
Todo molde ao devaneio
Mas, no direito de sonhar.


Quero sim o vento puro,
Não o vento-mercadoria.
Quero o vento e o ventres
Livres, sem códigos de barra.


Quero o vento das marés
E até podem exortá-lo,
Mas, para os mares da Lua,
De ondas tão rarefeitas.


Quero moinhos quixotes,
Movidos a pás de ventos,
Mas, quero é vento nas ventas
De pássaros e pipas no ar.


Nosso, Drummond uma vez,
No tempo, do bem declarado,
Foi fazendeiro no ar,
Nas brisas de bem amado. 


Sem vento, sequer há vida,
Suspiros, de bem querer.
Haja vista a tanto vento
Mas de dar; não de vender.


Se for o caso de engano,
Me tirem o cisco do olho,
Com um sopro bem aplicado,
Mas, comprar vento, negado.


Carece mas é cuidado,
Dádiva de Deus para todos.
Que vivem, de respirar
O ar que já veio dado. 


Fotografia em movimento: cinemagraf por BUKARENO do site:   
http://supercomentario.com.br/2011/09/12/foto-em-movimento-parado-mas-se-mexendo/

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