sábado, 18 de junho de 2016

FEIRAS



LUIZ MARTINS DA SILVA


Primeira- Domingo

Dia de ir à feira, apalpar as frutas,
Apalpar amostras, comer um absurdo;
Sacolas para a semana inteira:
Mas, não era dia de missa?


Segunda

Dia de nenhum calendário

De qualquer rei que se preze.

Quem sabe, algum príncipe , princípio.

Mas a qualquer indício, reze.



Terça

Dia de ir ao banco, agendar contas,

Tirar o saldo, e chamar por um santo:

Nossa Senhora! Mas há de vir a hora

Do bolão, por enquanto sonho,  balão.



Quarta

Dia de ligar para os filhos

Parece que nasceram ontem,
Mas, como cresceram!
Quem sabe, algum dia netos


Quinta

Mas, como de novo às compra

Não, sim ; é que faltou uma coisinha.

Mas, tão cheio, o carrinho;
Não será desperdício?


Sexta


A mais santa de todas as feiras,

A do cansaço, o que era gente,

Agora, é só o bagaço da bagunça,

Manter-se em pé e humano.


Sábado

O único dia não santom mas, calma

A atolar o pé na jaca, até para a manha

Há de haver um decoro, pois , senão amanhã
não será domingo, mas um pingo (de) alma.








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