sábado, 29 de abril de 2017

HAICAIS FELINOS




Luiz Martins da Silva
Para Luisa Ataide


Cisma a verdade
Com o olor inodoro
Do simulacro de antiquário.



Brinca a menina com o mimo
De narizinho molhado
Que não se sabe urso, de colo.



Tocata a solo,
Colcheias de miados.
Carimbos no assoalho.



Um dia, talvez, 15 anos,
Velho o bichano,
De tanto dormir.



De dia, ficar.
De noite, sumir.
Aliado da lua.



Bicho de rua,
Teto emprestado.
Um cio, e já não vale nada.



Vão-se os pelos
Pela vida afora.
Chegará a hora, sem mais nem menos.



Por si só, elefantes.
Ninguém lhes sabe o sumiço
Quando do sétimo graal.

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