domingo, 25 de novembro de 2018

SOLFEJO FELINO


LUIZ MARTINS DA SILVA


Não é todo instinto,
Quando me sonda,
De longe, pelos bigodes.
Faço,o que posso,
O lema ao meu alcance.

Por instante diário,
Nariz, com nariz,
O meu, vapor.
O dele, molhado,
Cais de estranhamento,
intimidade de poucos segundos.

E já se vai para um outro meridiano.
A indiferença cartesiana.
Por mais geometria não sabida,
Ron-ro-nam, ressonam,
Esses bichanos!

Não estão nem aí,
Se se fecha ou abre
A cortina, o pano.
Se é mês, dia ou ano.
Tudo é um todo, sem data.

Por vezes, se fazem.
Vegetal ? batata?
Fácil serem, num sofá
Um esparrama, 
Ópio das horas.


Um comentário:

  1. Instinto?! Decerto que sim. Mas podem ser extremamente carinhosos, atender pelo nome, serem tão "grudentos" quanto os cães mais carentes.
    Os irmãos felinos, dotados de personalidades incríveis, ombreiam com os irmãos caninos quando se tratacde classificar os maiores amigos dos homens.
    Caro Poeta, Luiz Martins, em nome de todos os bichanos, parabéns pela homenagem poética!

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